85 – Voltar.

Voltar, se o tempo permitir, me prendi há um tempo, sem rumo e direção, perdi o farol que me guiava, surgem razões sem sentido, sofrimentos com seus ensinamentos, esquecer-se de um jeito de ser, se não pensar em você

Voltar, aos braços de quem foi um dia meu lugar, onde foi parar a covardia desse gostar, reparti um vazio que não digere, desapropriaram o amor que não soube doar, tempo mais longo, que seja mude a vontade do irrefutável esquecimento.

Voltar, violando imagens que se configuram em toques sem tocar, ressurgindo um apelo aos cânticos dos apaixonados, desfaleço em meus cantos, flutuando em meus pensamentos e sonhos, os sonhos de amar.

Voltar, aos desatinos de carícias deslizantes, alucinantes aos toques que urgem sem parar, sem repartir um amor que veio me visitar, um palpite em silêncio sem explicação aquém dar, de uma forma qualquer, de um calor abrasivo de um amor que doa a quem não quer se doar.

Voltar, desenhando a anatomia de um pensamento, cavalgando intensamente nos mistérios de num corpo cheio de paixão, sem limites a um não, sou eu o convite flamejante ao seu alcance, segredo incorruptível resguardado em um coração, preso, acorrentado ao corpo, desatinado sentido contrário ao amar, desalento espalhando um planto do imortal sentimento, do ato de amar, voltar, da medida certa de se amar, amando-se sem medidas, sem medidas em se parar.

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