102 – Amanhã.

De uma cela ao adormecer, de meus olhos noturnos a me vigiar, abafado sem ar para respirar, correndo para vestir esse dia despido para um novo amanhecer, de um lugar que de longe vejo os meus náufragos, num espacial tempo das glorias de um obscuro e imortal adormecido, brindando pelo novo amanhecer, esse novo amanhecer apontou logo ali, não esqueci que ainda posso ser feliz.

Da penumbra do silêncio me encontro em plena boêmia, desnutrida pelos desenganos de quem abrigam novas esperanças, dos pobres e bens sucedidos, dos derrotados e aos triunfantes lutando e transformando um medo em liberdade, do novo amanhecer com a vontade de um novo viver, das magias das palavras não encontro o texto perfeito a declarar, da paciência dos longos tempos, ao despertar da magia do novo dia, me entrego ao novo amanhecer.

Do dessabor do ultimo adeus, sem que haja alguém a me relembrar, dos pensamentos e desejos do novo dia, das sensações de meus olhares estarem conectados aos novos sonhos, sentara ao lado das chamas das ilusões, quem saiba até não fugi aos toques de uma bengala, dos velhos sonhos não me redimi, o meu novo amanhã ainda há de vir.

Da terra, céu e a lua, deste chão eu já percorri, me salvei da morte, não escapei da infelicidade, do vai e vem eu não me destruí, que venha a contrariar a quem venha impedir, se somos incompletos é que não aprendemos a ser alguém que faça alguém a ser feliz, desse novo amanhecer tentarei ser o melhor de mim.

Das lágrimas não escondi o que não fui capaz, tem gente que ama, tem gente que não sabe amar, tem gente que se engana de ser feliz, tem gente que sabe o que é ser feliz, se o amanhã não vier a me procurar vou atrás de tantas e quantas for capaz, não é fácil ser feliz, felicidade as sós eu ainda não conheci, se o amanha vier me procurar, me encontrarás, deste meu jardim eu já plantei, só falta alguém florir, voltando a colorir esse novo amanhecer.

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