125 – Eternamente.

Eternamente são os vazios que separam sonhos e eternidades, caminhos vazios que levam e trazem sentimentos perdidos, sentimentos que perduram e prescrevem sem estarem maduros, pegadas não são eternas, são passos que se distanciam dos desejos, a natureza do vazio mora perto ou distante, envolvidos por sentimentos embaraçados.

Eternamente é um jogo que cabe ao tempo de sua permanência ou não, é uma alegria que bate em ritmo do eterno, é o sentimento desnudo por uma paixão em seu tempo, atravessando profundezas deliberadamente por desejos, do infinito versus eternamente ao universo dos apaixonados.

Eternamente não se sobrevivem das guerras, que não duvides o quanto especial seja um desejo, que perdura num peito a coragem das palavras ditas, eternamente explicita, coloridas sem a necessidade se de apagar ao tempo, um presente eterno que o momento não o faça disperso na eternidade.

Eternamente buscamos encontrar os pecados que fizeram parte do passado, impulsionado e contrariando a razão, que não perceba que delírios também se fragmentam ao tempo, que o eterno não se tenha moradia, descobertos vendo o tempo seguindo seus passos, sem passado, presente e sem um futuro a desejar, memórias ardentes de quem encurtou o eterno.

Eternamente já houveram inconsequentes, eternamente o tempo escoando entre as mãos, eternidade se definindo como uma utopia, de sentimentos que por vezes se tornaram prisão, que toda perda causa um tipo de dor, que saudade sobrevive sem apontar de quem foram os erros, que sonhos vêm e vão sem estarem de mãos atadas, que eternamente por vezes são só sonhos, e só de sonhos não sobrevivem eternamente uma paixão.

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