Marcio Pedroso

Realmente, decepção não mata, mas deixam morrer, sonhos, planos, o que parecia insolúvel se desfaz no tempo, que um dia se agigantou caiu no ralo, torna-se até difícil dizer o que restou, por que restos não alimentam grandes sonhos, as pessoas que gostamos se apresentam como as mais perfeitas, mas são dai que surgem as grandes decepções, decepção não é escolha, é uma consequência de uma visão errada, sonhar não é fantasiar, é que a ilusão nos traem de olhos abertos.

Tem-se um hábito de sermos julgados do que fomos outrora, já vivi e ouvi de tudo que poderia estar ao alcance, que no passado me indignava, hoje convive ao meu lado, aquelas divergências que sombreavam, hoje reluz ao saber do conhecimento, o sentido do significado só acontecem com as mudanças de atitudes, se o nosso passado eram orquestrado por poucas relevâncias, hoje mudamos o foco, nossos julgamentos se embasam em inúmeros fatos existentes, justiças ou injustiças ganharam corpo e alma, hoje evitamos o desagrado em doses mais suaves, pelo fato de estarmos presente neste habitat se tornam um propósito relevante a nossa existência por mudanças, existem diversas tipos de sementes, viver é plantar e colher seus próprios frutos, se não houver o entendimento nesta escrita, com certeza ainda não chegou o seu momento.

Podemos optar em não fazer, mas ao não fazer já se tornou uma escolha, somos uma soma de escolhas, bom o destino é algo mais adiante, escolhas são viver atrelado a algo ou alguém ou não, ninguém se torna o mesmo a vida inteira, aprendemos e com isso nos transformamos constantemente, isso pode agradar ou não no futuro, a escolha de hoje pode não ser tão significativa no amanhã, mudanças podem acarretar trocas de opinião ou da escolha executada, não existe a certeza da escolha certa, o preço pelas más escolhas, a vida cobra caro lá na frente, o conformista se torna inerte em decisões já tomadas, mas não o implica na retomada de novas decisões.

A reciprocidade está em desuso, é uma predisposição de nossos tempos, é como um abraço sem pegada. torna-se uma condição de sobrevivência com migalhas, infelizmente estamos vivendo em uma geração de pouca relevância ao próximo, a cumplicidade dos sentimentos perdeu-se no equilíbrio, é torna-se difícil se harmonizar na ausência de um retorno.