Marcio Pedroso

Paixões por vezes excedem o bom senso, entram em nossa mente sem pedir licença, distorcem o sensato com o ilógico, é um mundo restrito a um olhar, é um viés incerto, é algo vicioso, quanto mais se tentar fugir, mais envolvido se encontra, é algo que queima por dentro como já ocorrido, problema maior não é se apaixonar, e sim de abrirmos mãos da razão, do bom senso, dos nossos princípios, das atitudes desenfreadas, a lucidez esvaia-se tornando um território sem chão, nesse instante não se tem mais um fiel da balança, tudo que é muito pode saciar rápido demais, o pouco pode não satisfazer, portanto saber dosar é ser a receita mais casual, mas a gula ou comer quente de mais, desaprecia o paladar da paixão.

Um certo dia, uma declaração de amor prometida, sem querer transformou-se em um dia de magia, foste você a minha melhor declaração de minha vida, cada gesto eram palavras ditas no olhar, como se todas as paixões fossem contos de fadas, não seriam impossíveis a serem cumpridas, mas o incerto rondam nossos querer, e certas felicidades prescrevem, e dias melhores esvaiam-se junto com todos os sonhos, é a despedida de um conto de fadas.

Amar é bom, não precisa de um espaço enorme, cabe no coração, é um sentimento que não se mede, pois kd um tem sua medida certa, amar também é um passo para possível solidão, amar é gratuito, mas se torna demasiadamente caro quando se torna uma grande decepção.

O olhar não tem voz, mas se aprofundam muito mais que palavras, um olhar com indiferença sinalizam que o olhar ganhou novos rumos, quando o olhar opta pelo silêncio, não disfarçam os seus propósitos peculiares, um olhar desencantado não se agiganta na presença de seu par, é algo despretensioso, calado no olhar, sem trilho a se guiar.