Marcio Pedroso

O verdadeiro amor está muito além do romantismo, supera com sensatez o erotismo, o verdadeiro amor não manipulam sentimentos, esse sentimento nunca te colocará em primeiro plano, compartilha-se para dar a vez ao seu par, pode até ser interpretado como ausência de um amor próprio, mas jamais ausente desse sentimento, ama-se o outro, não por ser seu fã, sim por seus mistérios, de seu cheiro característico, não de suas vestes, mas de suas referências, esse amor deveria ser um acessório obrigatório na vida, mas esse sentimento ainda que sejam factoide, torna-se menos raro pra quem se encontrou, ou ao menos já amou de verdade.

A velhice nunca vem desacompanhada, involuntariamente segue um pacto honroso com a solidão, torna-se um declínio imposto pela rejeição, é um sentido imposto sob pena de reclusão por não sermos mais parte ativa de uma multidão, em tempos outrora a velhice era um premio pela longevidade, hoje são um peso pela sociedade, morrer precocemente na velhice tem uma causa, a indiferença posta pelos amados, tornam-se atos falhos por aqueles que acreditam que a juventude seja eterna.

O tempo não permitem marcha a ré, são engrenagens que exigem soluções adiante, são marchas silenciosas que seguem só a frente, é um percurso com vários sentidos, o verdadeiro sentido ressurgem com as realizações, cheios de regras onde os reconcertos nos obrigam a se ajustarmos a cada tempo, um tempo onde a ousadia reflete a personalidade, onde o caráter se torna um ponto de suspeita, somos como um despertador, temos o nosso mecanismo e de tempo em tempo desperta para que a habilidade avance no frágil sentido do tempo.