117 – SAUDADES

Do vazio encontram-se a saudade, de um mundo pequeno encontrei-me nesta profunda solidão, dias que se passam apertando esse peito regado aos vazios, do gosto amargo e sofrido que pra trás ficou, da flor, poesia ao etéreo amor, do silêncio que grita neste coração, angustia do nó apertado, é a saudade.

Pacto não compartilhado ao imaginário, dos toques dos dedos, dos cheiros dos desejos, dos beijos molhados, da ausência inconcebida aos quatros cantos, sentimentos sem saber frear, desejando para mergulhar em seu poço pra amar, sonhando sonhos que levam ao imaginário, das mãos distantes enquanto perdura a eternidade, é a saudade.

Do gotejar dos desejos, do sabor do sedento amor, das azas dos sonhos aos delírios de um incandescente coração apaixonado, sentimento que desiquilibra a esperança, ausência que se apresenta a cada instante, distância com insanos desejos voando ao encontro das loucuras, realidade de uma essência que arrastam sentimentos, retrato de um conto, é a saudade.

Instantes que os tempos eternizam, prova de uma imagem distante que pesa a cada instante, das profundezas da incerteza que vivem no presente, sinto cada vez mais presente ao precipício, ao tempo de perpetrar a dor do arrependimento, descortinando os prazeres sem segredos, memorias registram os gritos gritantes do silêncio, é a saudade.

Silêncios que se agarram no desespero, sem objetivo ao infortúnio que fuja dessa trama, do açoite da vida a quem coube retaliar, do rubro aos múltiplos anseios fugas as volúpias dos desejos, da pausa do tempo que se limita em vaguear em meus tempos, da encenação quiçá aos devaneios, encontro de total orgia em plena harmonia, que existam histórias sem memórias, que doa no peito sem ser um amor perfeito, sem lembranças não sobrevivem o amor que se sacia, é a saudade.

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