97 – Tempo

Tempo, tempo, tempo, agregando mudanças sem os vazios ao alcance, com novas roupagens do que se foram, se tornando um novo tempo, meu presente o meu tempo, tempo que se consome, acolhe, separa, não estão em regras ao inútil, ofuscadas às vezes sem entendimentos, mas é o meu tempo.

Tempo, tempo, tempo, que siga sempre em frente, palavras que não se entendem, já deixei de ouvir por falta de tempo, já fatiei e não encontrei o que cortei, ficou subentendido que não foi um motivo qualquer, ou por qualquer motivo que for, por um tempo que se foi sem ao menos me dispor, acalento que se foi aos gritos do silêncio.

Tempo, tempo, tempo, um espaço abstrato, um tempo que se foi vulgar, das fraquezas que vão e não se vão, sem um dia ter percebido que foi tudo em vão, não se preocupe não, um dia se completa quando um novo dia te aguarda para ser ouvida novamente.

Tempo, tempo, tempo, às vezes vulgares, das imagens as semelhanças dos sabores que o tempo preservou, em um mundo onde um gritar não me reserva direitos em ser percebido, que a vida não seja só um acontecer, que seja a expressão de um novo acontecer, em meu tempo de depuração, de um tempo se tornando um lento e eterno sentimento.

Tempo, tempo, tempo, plugada a vida sem ter medida, que siga um contesto sem texto, que não sejam as regras da vida, que não sejam um enigma aos meus tempos, de um tempo deslizante ofegante aos obstáculos fugas neste instante, dos lamentos e medos, de proteger os meus erros, não se sentindo um rejeitado, dos vestígios do teatro da vida, ao milagre dos profundos sentimentos, dos fragmentos dos tempos, as liberdades da vida, ainda que sejas só mais um episódio de meus tempos.

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