101 – Velhos tempos

Velhos tempos, das lembranças em que o tempo recuou, dos tempos de minhas mãos calejadas, mas vazias, aos nobres sentimentos dos tempos de ternuras, de choros e alegrias, ao encanto de meus velhos tempos.

Velhos tempos, que não voltam mais, andar para traz não sou capaz, aflora o espanto que me assola, não mais se reconstrói um passado, do passado não se plantam mais esperanças, só se colhem saudades, do abrigo de minhas lembranças, não me dão as sombras tão arejadas, mas preservam a lealdade das lembranças de meus velhos tempos.

Velhos tempos, perdido aos atalhos em meus tempos, vagueando por lugares distantes, sem placas de aviso de perigo a minha frente, de um passado em vezes escuros e sombrios, em vezes rodeadas em alegrias, de um passado abstrato de sonhos e fantasias, afinal quem disse que é fácil só sonhar de alegrias dos velhos tempos.

Velhos tempos, eita saudade que sinto de minha infância, sem destino a se tomar, de pés descalços, o tempo não me cobrava nada, a maldade não me seguia, sonhos de crianças, uma viagem ao infinito imaginário, do passado uma esperança, de meus erros peço desculpas, como é difícil encontrar alguém com tempo para escutar de meus velhos tempos.

Velhos tempos, saudades e solidões de toda uma vida, saudades e dores dos que um dia se foram, partiram e deixaram histórias em nossas vidas, de um futuro que nos convida com as descrenças e incertezas, hei de partir um dia, com desejos em minha vida, saio devagarzinho de meus tempos, levo tristezas e alegrias, levo meus sonhos e meus ninhos, sem deixar vestígios em meus caminhos, minhas alegrias não viraram fantasias, amo-te vida, amo-te saudades, o que não caibam das saudades em minhas lembranças, saudades te carrego em toda minha vida.

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