109 – Felicidade.

Por um tempo ociosamente desperdiçado, um tempo no presente sem viver intensamente, como se sentimentos não pudessem ser abandonados, felicidade que um dia já me pertenceu, não foi Deus quem me tirou a felicidade, nos trilhos dos tempos a felicidade já tomaram caminhos diferentes.

Sorrateiramente o esquecimento vagou, das despedidas não voltaram, dos encontros das paqueras, namoradas, das amantes e amadas ficaram por instantes preservadas, já plantei felicidade e colhi solidão, já me encontrei na solidão e senti o gosto doce da felicidade, se felicidade um dia já me pertenceu, já perdi largado dentro de um coração abandonado.

Já me procurei e não me encontrei, já percorri becos imundos, já me vi em até outro mundo, já me encontrei entre os meus erros e desejos, já fui um dia o meu leal companheiro, já me trai em meus desejos, da liberdade não contive minhas emoções, da arte da vida não me moldei a felicidade.

Felicidade nem sempre me foi leal, dos náufragos já me tornei um sobrevivente, não me afoguei nos sentimentos, já percorri todos os continentes, já segui sempre em frente, já refiz vários roteiros, a felicidade me causa saudade, já pensei pequeno e não me encontrei, por vezes já fui grande e não conquistei.

Por vezes já me magoei, por vezes a esperança não me alcança, por vezes já me feri profundamente, dos fantoches a saudosa felicidade, a vida é curta longa é uma saudade, não coleciono passado, das felicidades coloridas já saboreei amores e sabores, da arte da vida não amei por igual, entre mutações e perdas, medos eu já passei, a vida é uma constante, felicidades só permanece por instantes, a saudade já não pertence a felicidade, dei um passo a frente, te encontrei, reconquistei a felicidade.

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