113 – Um amor

Rolam-se o tempo, dos estardalhaços aos cacos que meninos grandes vagueiam e não se esquecem jamais, das intensidades ao inexplicável tempo que levam a esses sentimentos, de um sentimento que molda um pensamento, já me senti refém de um tempo, não temo as mudanças, se amar é ser criança que me ampare em seu colo, tateando um corpo recheado de paixão.

O tempo só não cura, mas cicatriza, destes degraus não só desci, aprendi a subir também, da arte do tempo desvendei segredos, já me perdi ao tempo, das pressas já tropecei nos sentimentos, de esperar no tempo por um alguém, o tempo já brincou comigo, mas o tempo já me presenteou com grandes amores, de sentimentos perdidos aos devaneios, de um sabor molhado ao corpo desnudo recheado de amor.

Já me tornei solitário de braços vazios, para os que amam o tempo é eterno e duradouro, indiferente em se acorrentar a um amor, não importa o quanto me importe, simplesmente continuo amando, se vai me ferir estarei só sangrando, mesmo que longas sejam as distâncias, aprendo a viver no cativeiro, regadas as taças de prazeres brindando o anoitecer.

O tempo já me deu um pedaço da felicidade, que viva tudo de novo, o tempo de amar não são só de sonhos, e sonhar não é bobagem, que julgar não exija severidade, que coração partido não é rompido, que o tempo não volta para se consertar, quem não semeia não colhe, por isso vivo plantando, saboreando a censura do gosto doce do prazer de se amar.

Já virei às costas a mim mesmo, da morte já a me vi lamentando, de cada passo dado já vivi uma solidão, já estive perto, bem pertinho do sonho eterno, de um sentimento dissimulado, da sutil fagulha a explosão da sedução, que incendiou uma paixão, estendidos na mais das estreitas das camas, da improvável escuridão aos obstáculos de uma paixão, o tempo é uma viagem, meu caminho é um destino traçado a te encontrar, entre sonhos meus, brindando entre as taças do prazer, da noite chegando, da gula do corpo que anseia, Leve-me ao seu aconchego, faça-me do vinho o cálice do seu prazer.

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