121 – Cacos.

Cacos foram que restaram, pedaços esvaídos ao tempo, desse encanto que se iluminou o que restaram foram os cacos dispersos do coração, são vidas expostas aos desgastes que o tempo não poupou, cacos despejados numa superfície, cacos que já foram um castelo deste amor.

Cacos que um dia foram só um pedaço, cacos que já foram parte de um grande viver, cacos que já foram vida, agora é real eu sei, cacos que ascendem todos os dias, faz lembrar o quanto foste parte de uma vida, cacos com cheiro de amor que exalam perfume de pétalas de dor.

Cacos que já fazem parte desta melodia, cacos que não se ligam nem mesmo ao olhar, sonhos que não se acabam mesmo ao despertar, sonhos que fazem de um coração sentir que só de lembranças não sobrevive uma paixão, cacos que brilham mais não tocam um coração.

Cacos que sobrevivem de um sentimento, cacos que permanecem aos longos dos dias sangrando lagrimas, cacos que explodiram deste peito sem ao menos saborear o doce amargo em meu chão, cacos tratados como sobras de uma linda paixão.

Cacos que não voltam a ser um novo pedaço, cacos que de dores viraram cicatrizes, cacos que destruíram sonhos e fantasias, cacos que sobrevivem ao crepúsculo deste coração, cacos, fragmentos sobrepostos ao avesso desta a paixão, cacos que um dia blindaram este sentimento, hoje vertem sangue aos cacos expostos em meu chão, cacos que se expôs, cacos que hoje põem fim a esta paixão.

Be Sociable, Share!
Esta entrada foi publicada em Poema. Adicione o link permanente aos seus favoritos.

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *