62 – Meu chão

Meu chão, de terra batida, de poeira desse coração, descer, pisar para me recordar, já segurei em mãos para não perder, e já perdi por não segurar, já me senti mil vezes sem chão.

Meu chão, senti um vazio um frio, menti e me arrependi, já falei a verdade e também me arrependi,  já chorei de tristeza e chorei por tanto sorrir, mas não aprendi e me envolvi.

Meu chão, de estilhaços, rodeado de razões e emoções, já senti falta de pessoas, mas nem sempre lhe disse, já fiz sentirem a minha falta  mas nem ai, talvez seja um insensato, um louco,  absurdamente um total inconseqüente.

Meu chão, o prazer do sexo se vulgarizou, se transformou em mercadoria, arriscando uma sensação por tão pouca atração, invocando momentos de pura luxurias.

Meu chão, já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram, a vida pode até me arremessar do abismo, e daí, gosto mesmo e de poder voar, em busca de uma aventura, de uma insana paixão.

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